
O novo medicamento está em evidência na mídia devido sua chegada recente no Brasil. Seu diferencial? Um tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) com baixo índice de efeitos estimulantes ou euforizantes (menores de 1%).
Diferente dos demais neuroestimulantes utilizados no tratamento do TDAH (como a Ritalina e o Venvanse), o Atentah pode ser utilizado por pacientes que também sofrem de ansiedade e transtorno bipolar, pois não causa irritabilidade, insônia, hiperatividade ou agressividade - sintomas que dificultam o tratamento adequado do TDAH com os medicamentos até então existentes no mercado.
O Atentah atua aumentando a disponibilidade da noroadrenalina, porém sua atuação ocorre apenas no córtex pré frontal, não interferindo no sistema de recompensa e, consequentemente, tornando praticamente nula sua capacidade de gerar vício ou dependência.
Este medicamento surge como uma importante solução para os pacientes neurodivergentes que possuem comorbidades, mas levanta uma discussão muito relevante sobre o uso indiscriminado de medicamentos neuroestimulantes (ou não) para outras finalidades que não o tratamento do TDAH, como melhorar o desempenho em estudos e trabalho, expondo diversos jovens a riscos como dependência química e efeitos colaterais graves.
A avaliação médica é imprescindível para o sucesso do tratamento do TDAH, pois apenas com o apoio profissional adequado é possível entender o grau do déficit de atenção e as demais comorbidades que podem estar impactando na concentração e nas relações interpessoais de cada indivíduo.
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